Os 5 grandes desafios do teletrabalho e como enfrentá-los
Novo normal. Novos desafios.
Os 5 grandes desafios do teletrabalho e como enfrentá-los
Tempo de leitura: ~ 5 min.
A nossa realidade mudou, de forma repentina e inesperada. Os impactos que a pandemia COVID-19 teve no nosso quotidiano são vastos e estendem-se a todas as esferas da nossa vivência.
A nível profissional, muitos passaram a trabalhar remotamente a tempo inteiro, uma situação nova, a que não estavam habituados e que, inevitavelmente, apresenta muitos desafios.
Vamos enumerar os cinco grandes desafios da nova realidade generalizada de teletrabalho e as nossas dicas para os enfrentar.
Desafio #1 | Foco
Manter o foco é um dos grandes desafios quando se começa a trabalhar partir de casa, um espaço repleto de distrações muito diferentes das habituais de escritório. Desde o novo local aos novos «colegas», sejam os filhos, os animais de estimação, a televisão ou simplesmente algo inesperado, podem existir muitas novas fontes distração.
Para fazer frente a isto, o ideal é conseguir criar um ambiente de trabalho em casa. Isto pode ser diferente para cada um, mas é muito importante ter um espaço dedicado exclusivamente ao trabalho.
É igualmente muito importante manter certas rotinas que já existiam antes. Pode já não ser preciso vestir o fato todas as manhãs e comprar um pequeno-almoço on-the-go, mas facilmente se adapta esta rotina ao novo ambiente de trabalho.
O mesmo se aplica aos horários. Manter horários como quando se está a trabalhar a partir de casa é crucial por dois motivos: respeitar horas para foco no trabalho, para almoçar, fazer pausas e até mesmo parar e desligar assim como para ajudar a reconquistar algum sentido de normalidade.
Desafio #2 | Produtividade
Passar para regime de teletrabalho a tempo inteiro pode ter um impacto no próprio trabalho e tipo de tarefas que desenvolvemos. Com tantas alterações em simultâneo é possível instalar-se um sentimento de deriva em relação ao propósito do nosso trabalho.
Para afastar as incertezas e incentivar a produtividade o primeiro passo é revisitar os objetivos gerais ou macro, definidos no início do ano, e ajustar caso a situação atual cause alterações significativas. Com base nesta análise, é então possível rever a lista de tarefas necessárias para alcançar esses objetivos assim como planear o trabalho para cada dia ou semana tendo em conta as tarefas que terão de ser completadas, de acordo com a sua prioridade.
Por fim, e não menos importante, é medir os resultados através da atualização e análise das métricas de avaliação de performance. Perceber o que está a funcionar bem e o que precisa de ser ajustado.
Não esquecer, neste momento é decisivo recordar que os nossos colegas estarão a passar por desafios semelhantes, cada um com diferentes graus de complexidade. Agora, mais que nunca, deveremos fazer o esforço de manter o contacto e sempre que nos seja possível, ajudar.
Desafio #3 | Isolamento
Precisamente no seguimento da necessidade de manter o contacto, nesta altura é muito importante manter as ligações entre equipas e colegas. Para combater o sentimento de isolamento e distanciamento do mundo e da normalidade, nesta altura é vital reforçar o uso de ferramentas internas de comunicação, principalmente chats e videoconferências.
É também importante manter reuniões periódicas, semanais ou mensais, assim como criar e participar em novas dinâmicas de comunicação interna que possam estar a ser implementadas. Por exemplo, em cada aniversário pode fazer-se uma breve videoconferência com todos para cantar os parabéns ao aniversariante ou até combinar «ir beber uma cerveja» depois do trabalho virtualmente.
Tudo isto são mecanismos que nos podem ajudar a mitigar a distância que inevitavelmente se gera entre colegas e equipas, que podem não colaborar frequentemente, conseguindo assim trazer algum convívio e proximidade já habituais para esta nova normalidade.
Desafio #4 | Criatividade
Isolados e sempre em casa é possível que o espírito criativo se sinta um pouco esmorecido. Mas também há formas de fazer frente a isto.
A mais clássica, que usamos sempre, mesmo quando não estamos confinados em casa, é ir procurar inspiração e exemplos na online. E claro, esta mantém-se uma ferramenta completamente relevante agora.
Para além disto, é possível manter os habituais brainstorms criativos. Através de videoconferências é possível realizar os processos colaborativos de criatividade a que já estamos habituados. Algumas das dinâmicas de brainstorm terão que sofrer ajustes, por exemplo para quem usa quadro branco ou post-its, será necessário de um novo sistema para registar as ideias, mas há inúmeras ferramentas que permitem vários utilizadores ver e editar o mesmo documento em simultâneo, por exemplo.
Por último, podemos sempre pedir ajuda aos nossos colegas. Àqueles que conhecem bem a situação em causa e estão por dentro dos temas em debate e também àqueles que não estão, que seriam participantes improváveis de um brainstorm, por exemplo. Por vezes um olhar de fora, pode desbloquear e fazer toda a diferença.
Desafio #5 | Mais tempo livre (?!)
É verdade, este também pode ser um desafio. Sem as rotinas habituais, como deslocações casa-trabalho, e com o distanciamento social, é possível haver tempo de sobra que normalmente não existe. Mas não é tudo um poço de marasmo!
Existem inúmeras empresas que estão a disponibilizar os seus serviços e conteúdos gratuitamente durante a pandemia COVID-19, para que as pessoas possam aproveitar este tempo extra para aprender coisas novas.
Desde explorar novas atividades físicas como Yoga, Pilates ou Zumba online até aproveitar os mais de 130 cursos online disponibilizados pela Universidade de Harvard, há muitas escolhas para aprender. Assim podemos ganhar uma nova perspetiva, alterar o foco do negativo, das incertezas trazidas pela situação atual, para um mais positivo, centrado na melhoria e superação individual.
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Guia prático para o teletrabalho
A crise sanitária trazida pela pandemia COVID-19 alterou profundamente o nosso dia-a-dia. Muitos transitaram para um regime de teletrabalho num curto espaço de tempo, com todos os desafios que isso acarreta.
Esta são as nossas dicas para manter a produtividade e equilíbrio, mesmo quando se está a trabalhar em casa.
Mindfulness no dia-a-dia: agora mais que nunca, precisa-se
Plenitude em tempos de COVID-19
Mindfulness no dia-a-dia: agora mais que nunca, precisa-se
Tempo de leitura: ~ 3 min.
Para começar, uma breve revisão do conceito de Mindfulness: a tomada de consciência ativa do estado mental, com foco no aqui e no agora. Trata-se de abandonar o estado semipermanente, em que muitos vivemos, de atenção e presença parcial nas ações em que estamos envolvidos a cada momento.
A pandemia COVID-19 alterou profundamente a nossa realidade. Estes são tempos em que muitos enfrentam mudanças radicais no seu dia-a-dia, na forma como trabalham e vivem as suas vidas. Simultaneamente, existe uma grande ansiedade pela incerteza em relação ao futuro, e por tudo isto, esta tomada de consciência ganha uma relevância acrescida.
Mas afinal, em que consistem estas práticas e como as podemos implementar no nosso dia-a-dia?
A boa notícia é que para pôr em prática Mindfulness, não é preciso comprar nada. Antes de iniciar, deverá ter-se presente algumas considerações: não é possível silenciar a nossa mente, não é este o objetivo, e, invariavelmente, o pensamento irá perder-se. Para além disto, é também natural duvidar do processo em si e tecer juízos. O objetivo é tentar ultrapassar estes pensamentos, estas fugas de atenção, sem pressões, julgamentos negativos ou frustração.
Especialmente nestes momentos, repletos de incertezas, é crucial reservar tempo para nós mesmos e cultivar a nossa plenitude mental. O exercício consiste em tirar um momento para parar, sentar numa posição confortável e estar presente unicamente naquele momento.
Inicialmente, talvez seja ideal começar com um limite de tempo mais curto e aumentá-lo gradualmente. Durante estes minutos deve focar-se a mente na respiração, nas sensações físicas, e quando o pensamento se perde, para onde foi e o que o motivou. Esta consciencialização ativa de cada momento, das suas sensações e o que motiva a nossa mente a pensar em certos temas ou de certa forma, é Mindfulness em ação.
Para perceber efetivamente como estas práticas funcionam e poder sentir os benefícios da sua utilização, é fundamental criar um compromisso com a prática. Isto significa estabelecer momentos, e até espaços, que estão reservados exclusivamente para o efeito. Igualmente importante transportar isto para o nosso tempo ativo, isto é, manter uma postura consciente durante todos os momentos do dia.
Não é difícil perceber os benefícios que proveem de ter uma postura mais conscienciosa perante todas as situações do dia-a-dia, particularmente na conjuntura atual. Mindfulness não vai ser a resposta mágica para todos os problemas e stress que estamos a enfrentar, mas quando alteramos a forma como olhamos para estas situações e partimos de uma posição de maior clareza, torna-se mais fácil ganhar perspetiva acerca dos desafios do contexto atual.
Uma melhor capacidade para lidar com situações de stress, conflitos ou desconforto são as consequências positivas e diretas da utilização consistente das práticas de Mindfulness. A partir daqui não é, de modo algum, um grande salto até à sua aplicação no contexto organizacional, onde estes benefícios são colocados ao serviço de uma empresa mais saudável.
Estabelecer estas práticas não parece difícil e de facto não é. Não parece nada de novo e, mais uma vez, efetivamente não é. Esta é já uma prática ancestral, mas a simplicidade da metodologia aliada aos seus claríssimos benefícios, mantêm-na atual e relevante, especialmente agora, em que tão repentinamente, tantas coisas mudaram e sem dúvida, continuarão a mudar.
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